Muitas obras cinematográficas tem impactos sociais como o filme baseado na obra literária homônima “Laranja Mecânica” – livro de Anthony Burgess – (que ainda não li), ou “Admirável Mundo Novo” de Adous Hexley entre outros. Assim, com os clássicos, poderemos fazer uma analise sistemática sobre a sociedade e sobre como formas de informação podem afetar os meios onde estão inseridos. Muitos acham que as obras cinematográficas de hoje são obras “lacradoras” – como dizem os bolsonaristas – e não dão a mesma atenção devida por causa da falta da estética clássica que os colocam em sintonia reacionária de um passado que nunca existiu.
Em uma estética mais dentro do novo conceito de critica
social – como o meio ambiente e a estética virtual dentro da imagem – o filme
“Feios” (Ugles), tem a proposta de nos fazer refletir dentro da ótica do novo
tempo e das novas tecnologias de informação. Onde a estética virtual (como
potencialidade de ser real) se torna necessária para ser aceito dentro de um
determinado setor. Sendo a historia – acontecendo milhares de anos após os
eventos climáticos – uma critica, também, social como o mundo não pensou em ter
energias limpas e continuas. Mas, só isso não fez do ser humano algo sem
classes ou sem guerras, assim, a natureza humana em ver diferenças e não
aceitar essas diferenças, fez cientistas pesquisarem uma maneira de modificar o
modo genético e colocar um tipo de filtro que deixaria as pessoas perfeitas aos
16 anos.
A adolescência – que é uma definição bastante recente – tem
a ver com o modo que lhe damos com o corpo, a angústia de ser aceito, o modo de
aceitar como você é. Antes disso, a adolescência tem a ver de tomar figuras
como referência, como se seguir para ser aceito socialmente, seja em um modo
parental, seja em um modo social como modelo de saída da família e o aspecto de
aceitação social. Os ídolos, os fãs clubes, e todas essas coisas, aparecem
dentro da adolescência como tipos de modelos de lideres. Se antigamente os
artistas tomavam esse lugar – alias, muito antigamente eram os heróis
mitológicos, reis e cavaleiros – hoje temos os influencers e esses que o filme
retratam. O sonho de estar na cidade dos “perfeitos”.
Os estudos em comunicação aumentaram depois da Segunda
Guerra Mundial por causa do aquecimento do mercado e a popularidade da TV e o rádio,
nos EUA. Os fascistas e os nazistas tinham deixado um paradigma dentro da
comunicação de massa, pois, conseguiram unir uma nação inteira contra um
inimigo em comum. Sem mentir. Sem discursos demagógicos. As nações
“democráticas” queriam saber o porquê, assim, a comunicação como causador de
informação – graças o crescimento da publicidade, que nos EUA chamavam de “mad
man” – que poderia educar ou vender uma ideia. Claro, que muito raramente, foi
um meio para educar (que é uma longa discussão desde Platão).
Nos anos 60, o auge do capitalismo americano, um pensador da
comunicação com o livro “Os Meios de Comunicação”, Marshall McLuhan
(1911-1980), dará um outro tom a teoria da comunicação. Na verdade, McLuhan,
propõem que “o meio é a mensagem”, enfatizando a importância da forma como a
informação é transmitida em detrimento do conteúdo em si. Além disso, ele
alertou na questão de uma padronização e a superficialidade características das
mídias eletrônicas, assim, antecipadas por McLuhan, podemos dizer que encontram
eco na contemporaneidade, com as redes sociais desempenhando um papel central
na disseminação de padrões de beleza (idealizados) e em uma construção de uma
identidade virtual.
Ou seja, quem estuda comunicação no meio da Teoria Critica
(não menos importante) se limita a ficar em um modo critico dentro da perspectiva
social – como se o meios de comunicação fosse meios de esclarecimento – mas,
meu intuito é muito mais do que ter uma visão critica nos meios do conteúdo
abstrato dentro das mídias digitais e tradicionais (TV e rádio). Dai fica bem
interessante, pois, na essência essa padronização é um retrato e a essência de
teorias como a eugenia, mas, existiam uma estética nazista e um ideal germânico
de superioridade alemã. Essas padronizações estéticas, transformam o ser humano
em um modo padronizado que levara ao abandono da individualidade de cada ser
humano.
Para sermos coerentes – por acreditar e seguir a teoria
libertaria (segundo alguns intelectuais, um anarquismo de direita) – a mídia
deve ter liberdade de opiniões e ser totalmente privatizada. Mas, existe um
porem, se vimos dentro da ótica libertaria o filme “Feios”, tendemos a olhar de
uma ótica de opressão das aparências. Eu tenho que ser “bonito” para um “bem
maior” ou como acontece nos últimos acontecimentos, tenho que apoiar certas
atitudes ditatoriais “pela democracia”. Na obra cinematográfica, podemos ver
que há uma certa dinâmica ditatorial da aparência e como essa aparência não
pode se “misturar” com os chamados “feios”. Só que as questões de bonitos e
feios são subjetivas, posso achar que as garotas de hoje com seu “silicone” ou
com seu “botox”, criam padrões que devem ser seguidos por todos e todos devem
dividir essa experiencia. Outra teoria, além da comunicação de McLuhan, tem a
Teoria da Estupidez do teólogo e prisioneiro nazista, Dietrich Bonhoeffer, que
participou da resistência contra os nazistas.
A pergunta dele era bastante simples: como um povo culto
como os alemães elegeram e apoiaram um regime que destruiu a Alemanha depois da
guerra? Sim, os alemães eram e ainda são, um povo culto e que amam a alta
cultura e tomaram como suas teorias ilógicas que os nazistas defendias. Ou
seja, não eram um povo ignorante. Sabiam ou deveriam saber que a crise não era só
alemã – com o Tratado de Versalhes – mas, uma crise mundial graças a recessão de
29. Mesmo assim, acharam que a culpa da crise era o povo judaico, ou seja, a
estupidez era tanta que simplificaram o problema.