Monday, October 08, 2007

Contra a democracia

O que seria falar contra um regime que defende piamente a liberdade e a justiça para todos? Primeiramente vou etimologicamente explicar o que seria a palavra democracia e o que ela se encaixa dentro de um país que se diz ser uma republica; quando se diz democracia, se diz governo do povo, pela sua palavra que tem origem grega (demos = povo kratos= autoridade), ou seja, democracia é um governo voltado ao povo e seus cidadãos com ética e sabendo que são funcionários cívicos. Republica é uma palavra latina que quer dizer coisa publica, coisa que o poder cívico pode reivindicar e declarar como sendo ou não uma benfeitoria ou não ao país.

O primeiro sábio a usar a palavra democracia foi Aristóteles, que dizia a terminologia grega “demokratia” como um governo injusto que era governado por muitos e justo chamou de “politeia” normalmente traduzido por “res publica” em latim que em nossa língua se traduz em “coisa publica”. Seria mais aproximadamente que demokratia é o que hoje chamamos de democracia direta e politeia seria o que chamamos de democracia representativa, mesmo ainda a demokratia tenha executivos eleitos. Foi usado por muitos fundadores dos Estados Unidos da America por assegurar os direitos legítimos para o individuo, ou seja, só a democracia representativa (chamada “res publica”) poderia a esse efeito.

Mas a coisa não é tão simples assim, quando pensamos em republica, pensamos num governo como define Aristóteles como justa e não o que hoje tomamos como democracia. A democracia em si às vezes é injusta porque nem sempre o que a maioria quer é o melhor para a comunidade, ou melhor, o Estado pode ser manipulado por meias informações. Analisamos os fatos que acontecem mundialmente e pensamos se de fato estamos tratando a liberdade seja ela qual for, como uma imposição para os países que ainda acreditam que reis e imperadores ainda são melhores. Não se esquecemos que a Inglaterra por mil anos é monarquia, mas não se defini como absolutista, numa forma simples, ela é uma representação liberativa parlamentar e nem por isso, é classificada de tirânica. No entanto quando pensamos no governo norte – americano, ele representa a democracia como fosse a fonte da liberdade e os direitos de igualdade. Mas pecam em muitas coisas, pecam em impor essa mesma democracia aos demais povos, por razões meramente econômicas e não como a melhor maneira de vida; razões essas que só eles podem esclarecer um dia, porque muita coisa é notavelmente contraditória e desumana, como as inúmeras guerras que fazem em nome de uma liberdade que tenho minhas duvidas se é a melhor. Melhor ou não, crianças e pessoas inocentes morrem nas guerras civis na África e ninguém faz nada, por que estranhamente esse interesse a oriente médio? Ouro negro, é claro.

Se uma nação mata por interesses econômico e que usam meio ideológico para matar e trucidar uma nação, isso não transformaria essa mesma nação em tirânica? Muitas dessas nações têm voltadas suas democracias aos industriais muito mais do que ao povo propriamente dito, por causa de seus interesses financeiros ou, eles próprios representam a massa, ou dizem representar. Isso que acontece com o governo norte – americano que as industria de petróleo tem a maioria em seu congresso, que assim podemos imaginar seu interesse pelo oriente médio; a falácia ilusória que defende a democracia e a liberdade não passa de trapaça ideológica para tampar seus verdadeiros interesses. Vimos por exemplo, que aqui no Brasil não se quer desenvolver o nordeste do país, porque todos que mandam lá e ganham como “coronéis” estão no congresso; esses mesmos que no tempo da ditadura militar, lutaram para a abertura democrática do nosso país fazendo suas próprias leis e regras. Esses mesmos que defenderam a liberdade de expressão, o direito ao voto, o direito de protesto fazem o mesmo que diz combater e se não entrar na regra, é eliminado da cena sem piedade.

No Brasil e em qualquer país do mundo que tenha um regime democrático, não usa o que o termo verdadeiramente diz que é o governo do povo, o povo deveria escolher o que é melhor e não seus representantes que num ato até mesmo desumano, por usar a ignorância popular, venham tratar as regras democráticas como essas devessem atender seus próprios interesses. Nem estou defendendo um totalitarismo tacanho, que se estreita em suas próprias idéias e nada mais importa, ou o socialismo que nada mais é do que um capitalismo estatal; mas a regra é saber o que esta fazendo ao escolher o que se quer, o que pensa ser melhor ao país num todo e não ao seu próprio umbigo limitado pela ignorância. Não estou dizendo ignorância no termo intelectual, muitos que não tem instrução são muito mais sábios, mas a ignorância ideológica que não sabe pensar por si mesma; quantos universitários e professores apóiam esse governo de esquerda farsante que visa o populismo? Ao invés de desenvolver o país, fazem de tudo para agravar o deterioramento da educação, da saúde, entre outras coisas. Mas por que a educação? Isso nos parece muito obvio, é só olhar o passado do país e pensar da onde vem toda a falácia que hoje enche nossos noticiários sejam o veiculo que for.

Agora vamos pensar na Política de Aristóteles e fazer algumas observações, sendo que o melhor governo para se fazer é a politeia e não a demokratia; então a democracia é um governo injusto por razões que são obvias, quinhentos e poucos deputados para representar uma parcela do povo é muito. Muito para o pouco que fazem, pode fazer muito barulho, mas representar a grande massa isso eles não representam. Aristóteles disse que somos animais políticos, então façamos o seguinte exercício cívico; por que se escolheu esse presidente? Porque ainda se acredita que existe salvador, mas não existe salvador, existe ser cidadão e olhar uma nação no todo.

Liberdade de expressão onde tanto se fala, muitos de nós já ouvimos falar de jornalistas que foram mandados embora por falar de coisas que o governo não quer que fale; o melhor exemplo vimos a jornalista que falou dos bancos e foi demitida da Rede Cultura em julho. Isso não foi feito pelos mesmos senhores que defenderam a volta da democracia no país? Onde a saúde é mal tratada pela ignorância popular, pelo descaso de um governo ainda ao moldes de monarquia que visa o poder e o dinheiro popular; a riqueza só tem que passar pelos cofres da União e não ao povo como interessa. A educação deve ser tratada em dois moldes; existe a educação humana, que vem da família e a educação cultural, que vem da escola. Ter educação não é o mesmo de ter cultura, ter educação é ter uma base como tratar o próximo, como distinguir o certo do errado; mas também dentro desse patamar, saber que o certo e o errado é o modo que tratamos as outras pessoas e serem cidadãos. Como posso cobrar das outras pessoas uma coisa que eu não sou? Por isso que muito pensadores , assim como Jesus e Buda, vão nos dizer que não façamos com os outros, o que não queremos que façamos conosco. Como diz aquela máxima conhecida: cada povo tem o governo que merece, ou seja, político nunca vem de Marte. Mesmo entre eles, existe cultura, mas não existe educação como homens civis, homens que representam o povo em si.

Não adianta ler milhares de livros e não saber nem o que acredita, não saber que nenhum político vai lhe salvar de sua inércia; por ser lógico e racional que cada cidadão tem que pensar por si mesmo, pensar por quem vai votar e o que ele fará para a nação inteira e não para si mesmo. Esse pensamento que mostra o quanto estamos imaturos politicamente, é o reflexo da demanda que tem um pouco de cultura, mas que nunca tem educação como vimos todos os dias os intelectuais com suas novelas e seus filmes que só mostram que o Brasil é pobre e nunca que o problema está nas próprias pessoas. Chegamos num ponto, caro senhores, que um reitor de uma universidade manda muito mais que um misero representante do povo, então eu pergunto: onde está a democracia que tanto disseram ser o governo do povo? Quando o lema é “Um país para todos” deveria ser para todos e não alguns, não só aqueles que de alguma maneira, privilegia aqueles que deveria representar a realidade popular e não a realidade de sua própria cabeça. O que é socialismo? Para mim nada.

Aristóteles tinha razão em todos os pontos: a demokratia é a desordem que abala o Estado que acaba denegrido a justiça, porque onde muitos mandam ninguém pode entender e não é bem um totalismo; mas aqueles que seriam preparados e tivessem uma certa noção o que seria o papel de um cidadão num Estado. Então, num modo pratico, o voto aqui no Brasil (porque a maioria dos países é assim), deveria ser facultativo; pois só as pessoas que estão aptas e terem um amadurecimento político poderão votar, porque não dá para ter votações a esmo. Ter uma postura de cidadão é saber o que se quer e o que está votando, como por exemplo, votar em um partido para presidente e a oposição para senador ou deputado e depois nem saber o que faz. Os intelectuais ainda apóiam dizendo que é por causa da ignorância, mas ignorância de saber a pinga que toma se tem? Sabe muito bem a marca da pinga e onde vende, porque se interessa por aquela pinga, se interessa em não ser cidadão e ter pena de si mesmo. Temos que repensar que o Brasil precisa de uma Republica Federativa, onde cada Estado passará a ter suas próprias leis; o regime que ai se encontra nada mais é do que uma monarquia democrática que só as famílias burguesas nordestinas retém o poder dês da colônia, os industriais que visam os interesses econômicos, os tradicionalistas com chavões conhecidos como visar o progresso que nada mais é do que falácia; ainda partidos com sistemas ideológicos populistas que nada mais são do que propagadores de hipocrisia, sendo assim, muito popular entre as bases da população carente (eles adoram um carente).

Para terminar, pergunto que democracia é essa? Que país é esse, onde temos uma monarquia democrática, leis de enfeite, reitores que mandam mais que deputados, que uma camada da população tem e outras não? Que sistema político é esse que explora, faz guerras, é imposto as nações que acham ser “inferiores”, protegem muito mais aqueles que não respeitam a lei e a ordem, ainda, apóia a exploração?

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